quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ainda há espaço para mais cortes na Selic


A FecomercioSP considera acertada a decisão do Banco Central de reduzir a Taxa Selic em 0,5 ponto porcentual (p.p.), trazendo-a para 8,5% ao ano (a.a.). O patamar é o mais baixo da série histórica desde que a Selic começou a ser utilizada como instrumento monetário para o controle da inflação, em 5 de março de 1999.
Para a FecomercioSP, o novo corte vai ao encontro dos esforços que o governo tem empenhado em reduzir os juros ao consumidor e, desta maneira, possibilitar um crescimento interno sustentado pelo ciclo virtuoso de consumo das famílias, geração de empregos e expansão da massa de rendimentos. Além disso, a redução da taxa de juros dificulta o contágio da economia interna pela crise na zona do Euro.
A FecomercioSP acredita, contudo, que ainda há espaço para o BC realizar novos cortes na Selic ao longo do ano. O fato de os juros estarem caindo desde outubro do ano passo sem que se registrem pressões inflacionárias por excesso de demanda é evidência contumaz. A entidade reforça que novos cortes na Selic são fundamentais para reduzir os gastos com a dívida pública e liberar recursos para investimento em áreas fundamentais para o contínuo desenvolvimento do País, como infraestrutura, segurança e educação.(Fecomércio)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Nível de inadimplência do consumidor deve deve diminuir no próximo semestre



Em março de 2012, a perspectiva de inadimplência do consumidor, medida mensalmente pela Serasa Experian, mostrou queda, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (21).
O Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência do Consumidor registrou, na passagem de fevereiro para março deste ano, um recuo de 1,4%, atingindo o patamar de 98,2 pontos.
Para os economistas da Serasa, a sequência de quedas deste indicador, observada em pouco mais de seis meses, aponta para uma trajetória de declínio gradual da inadimplência dos consumidores, o qual deverá ocorrer após passado o período sazonalmente desfavorável deste primeiro trimestre.
De acordo com os economistas da Serasa, o menor ritmo de crescimento do endividamento do consumidor, o maior rigor na concessão de crédito por parte dos agentes financeiros e a continuidade dos ganhos salariais acima da inflação deverão sustentar este movimento de recuo gradual da inadimplência.
Empresas
No caso das empresas, o indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência das Empresas cresceu 0,8% na passagem de fevereiro para março de 2012.
Como o indicador tem a propriedade de antever os movimentos cíclicos da inadimplência com seis meses de antecedência, em média, o fato do indicador permanecer acima do nível 100 sinaliza que o cenário para a inadimplência das empresas ficará em patamar elevado neste primeiro semestre de 2012.
Os economistas da Serasa afirmam que “o lento processo de reativação do crescimento econômico, o nível ainda elevado da inadimplência dos consumidores e a fraca conjuntura internacional tenderão a manter pressionado o nível de inadimplemento das empresas ao longo dos próximos meses”.
Sobre o indicador
O indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência avalia, em um horizonte de seis meses, em que fase do ciclo estarão algumas variáveis econômicas, como concessões reais de crédito, inadimplência, crise e recuperação.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Prazo para a Declaração Anual de Rendimentos do Empreendedor Individual encerra dia 31



Todos os Empreendedores Individuais (Eis) existentes em 2011 devem entregar a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN) para o Microempreendedor Individual até o dia 31 de maio. A declaração é entregue em 2012, porém, refere-se ao ano-calendário 2011. Saiba como efetuar a sua declaração:
A Declaração deverá ser transmitida pela internet através do Portal do Simples Nacional.
Acessar o Portal, ir em Contribuintes, escolher SIMEI, em Serviços Disponíveis para o MEI, selecionar DASN SIMEI – Declaração Anual para o Microempreendedor Individual. Informar o número do CNPJ.
Segue o link para o acesso: http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/mei/default.asp
O Empresário declarará:
- A Receita Bruta total auferida no ano de 2011;
- O valor da Receita auferida no ano de 2011 relativo ao ICMS (indústria/comércio/transporte intermunicipal ou interestadual); e
- Existência ou não de empregados no ano de 2011.
Deverá utilizar para o preenchimento da Declaração os dados contidos nos Relatórios de Receitas Brutas Mensais relativos aos meses de 2011.
Selecionar em Original o ano-calendário 2011.
Somente utilizará Retificadora no caso de já ter enviado a declaração e desejar corrigi-la.
Não utilizar/preencher o campo Situação Especial. Esse campo é para o EI que realizou baixa (Extinção), fusão, cisão em 2011.
Não será necessária nenhuma senha/assinatura (código de acesso ou certificado digital). Não há custo para o Empreendedor.

sábado, 12 de maio de 2012

Esclarecimento sobre as novas regras da poupança

Na semana passada, o governo federal anunciou alterações nas regras de remuneração da caderneta de poupança, o que ainda gera muitas dúvidas entre os brasileiros, principalmente entre os pequenos poupadores.
O piso de remuneração da mais tradicional modalidade de investimentos do país , de 0,50% ao mês (ou 6,17% ao ano) + TR (Taxa referencial) assegurado por lei desde 1991, poderá cair nos próximos meses no caso de redução dos juros. Para ajudar a esclarecer estas questões, a FecomercioSP elaborou uma série de perguntas e respostas sobre o tema:
1- O que muda com as novas regras?
A partir de 4 de maio, os novos depósitos e contas abertas serão remunerados por 70% da Selic + TR, quando a taxa básica de juros for igual ou inferior a 8,5% ao ano. Para os depósitos efetuados até 3 de maio nada muda.
2- O novo cálculo já está valendo?
Na prática ainda não, porque a taxa básica de juros (Selic) está em 9% ao ano.
3- Porque se mudou as regras?
A alteração foi necessária para que o governo possa reduzir ainda mais a taxa básica de juros, beneficiando a economia do país como um todo. Com isso, o governo tenta evitar que grandes investidores migrem em peso de outras modalidades de renda fixa para a poupança. Ou seja, evitar que saiam dos fundos de renda fixa, compostos, em sua maioria, por títulos Públicos Federais com rendimento atrelado à Selic, no qual o qual o governo usa para financiar parcela da dívida pública.
4- Quem tem pequenas quantias também é afetado?
Sim, as mudanças valem para todos. A regra não considera o montante, mas sim a variação da Selic e data do depósito.
5- Quando sacar o dinheiro que já tenho depositado, como fica?
No caso de saques e outras movimentações (transferências e pagamentos via débito) na conta, a regra diz que seja retirado primeiro o saldo dos novos depósitos feito após 4 de maio, para então somente depois atingir o saldo remanescente.
6- É preciso abrir nova conta?
Não, a conta existente está preparada para tratar separadamente o saldo antigo e os novos depósitos.
7- O rendimento das cadernetas já existentes até 3 maio será considerado novos depósitos?
Não. Os rendimentos provenientes dos depósitos até esta data serão tratados na regra antiga
8- Como os bancos informarão os saldos em conta?
No extrato, as instituições vão apresentar o saldo em dois blocos separados: os depósitos efetuados até 3 de maio e os investimentos a partir de 4 de maio.
9- Por hipótese, se a Selic é 8,5%, o aniversário do depósito é dia 10 e a Selic for reduzida a 8% no dia 1°, como será calculado o rendimento?
O rendimento será equivalente a 5,95% ao ano (70% de 8,5% da Selic) mais TR do dia do depósito. Ou seja, o poupador deverá sempre considerar a Selic e a TR vigente no dia em que ele efetuou o depósito. A nova taxa fixada pelo BC (8%) só será considerada no cálculo do rendimento da poupança no próximo aniversário da caderneta.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Governo deve permitir que a portabilidade das dívidas seja feita pela internet


Governo estuda medida para facilitar a portabilidade das dívidas entre bancos. A intenção é permitir que o consumidor realize a transferência pela internet.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo desta quarta-feira (9), o governo quer que o consumidor possa resolver os trâmites necessários para a portabilidade no banco para qual deseja transferir a dívida, assim como é feito na telefonia.
Com a mudança, o banco recebedor da dívida será o responsável por tomar as providências necessárias para completar o processo de migração da dívida, que poderá ser feito pela internet.
No processo atual, o consumidor precisa comparecer nos dois bancos para negociar a portabilidade, fator que tem contribuído para que o consumidor se sinta desestimulado a refinanciar as dívidas.
Outras medidas
O governo também busca estabelecer algum fator que desencoraje o mercado rotativo de dívidas, com o intuito de evitar que bancos menores roubem clientes das grandes instituições.
Além disso, também está sendo estudada a possibilidade de transferência completa de conta, incluindo até mesmo os débitos automáticos.
Em relação ao banco de dados, o questionamento e problemas futuros por conta do uso inadequado das informações será de responsabilidade de quem montá-lo.
Imóveis
De acordo com a Agência Brasil, o Ministério da Fazenda confirmou que o governo também estuda regras para facilitar a portabilidade do crédito imobiliário.
Segundo o Ministério, a alteração que ainda está em análise e não possui data para ser colocada em prática, vai permitir que o mutuário busque o banco que oferecer mais vantagens para o mutuário.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Eles gastam R$ 1 trilhão. Já passou da hora de você focar o seu empreendimento na classe C


O fenômeno de expansão do poder de compra da classe C é algo bastante conhecido no Brasil. Mas você sabia que a classe média foi responsável por movimentar R$ 1 trilhão na economia nacional em 2011? Além disso, de acordo com dados divulgados recentemente pelo Sebrae, esse grupo de consumidores já possui metade dos cartões de crédito em operação no País.
Por isso, não tem jeito: o dono de um pequeno empreendimento precisa olhar para esse público e, mais do que isso, definir uma estratégia para conquistá-lo e cativá-lo. Sai na frente o pequeno negócio que já atua no ramo de serviços. De acordo com Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto Data Popular, especializado nesse público, a cada R$ 100 gastos pela classe média, R$ 65,20 são desembolsados para a contratação de serviços e R$ 34,80 para a compra de bens. De acordo com ele, os serviços de turismo e beleza são os mais demandados por esse público.

Mas é preciso cuidado. Antes de focar neste público, o pequeno empresário precisa ter algumas informações: o consumo não significa para a classe C o mesmo que para a elite. O consumo, de acordo com Renato Meirelles, é visto como investimento, não como objeto de ostentação.

Além disso, o pequeno empresário deve estar atento ao potencial do consumo virtual na rotina das classes mais baixas. De acordo com a Agência Sebrae de notícias, dos 31 milhões de brasileiros que fizeram compras pela internet em 2011, mais da metade (56%) estão nas classes C, D e E. "O pequeno varejo consegue construir e manter uma imagem na internet", afirma Romero Rodrigues, um dos fundadores do Buscapé.

Crescimento
E a expansão da classe C no País deve continuar a ocorrer em ritmo acelerado. De acordo com estudo elaborado pelo instituto Data Popular, 58% da população pertencerá à classe C em 2014. Hoje, 54% dos brasileiros se enquadram nesse estrato social que, segundo critérios do levantamento, reúne famílias com renda média de R$ 2.295.
“Os padrões de consumo dessa nova classe C não serão iguais aos de hoje. Há uma mudança em andamento”, avisa Wagner Sarnelli, sócio do Data Popular, especializado em pesquisas de consumo. “Portanto, a empresa que quiser vender para esse público deve entender bem seus códigos e seus valores para se comunicar corretamente.”

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Os prós e contras do “dinheiro de plástico”


O uso do “dinheiro de plástico” no dia a dia dos brasileiros é uma tendência crescente e irreversível, que trouxe consigo o poder de mudar o perfil do varejo nacional ao inserir na vida dos consumidores e empresários um meio de pagamento mais prático e seguro.
O uso massivo dos meios eletrônicos de pagamento (crédito ou débito) implicou no desenvolvimento de uma infraestrutura tecnológica de informática e de telecomunicações altamente sofisticada, que, juntamente com a obrigatoriedade de emissão de documento fiscal eletrônico, tornou possível garantir maior segurança nas transações financeiras, e maior fiscalização por parte do governo.
Diante disso, podemos dizer que o estabelecimento comercial é a ponta de uma cadeia tecnológica de serviços que interliga as administradoras de cartões, os bancos, os consumidores e, até mesmo o governo. Entretanto, é certo que toda essa sofisticação encareceu as operações no varejo e, caso a produtividade no comércio de bens e serviços não tivesse crescido, possivelmente as margens teriam que aumentar para cobrir os custos adicionais.
Dados do Banco Central mostram que as duas pontas da cadeia, consumidor e lojistas, têm transferido gigantescas soma de recursos para as administradoras de cartões de crédito. No fim de 2011, o número de cartões de crédito em circulação chegou a 687 milhões. Se considerarmos que a população brasileira tem 192 milhões de habitantes, em média, há pouco mais de 3,5 cartões por habitante. No mesmo ano, foram feitas 900 milhões de transações com cartões, movimentando R$ 77,76 bilhões. Para efeito de comparação, em 2011, foram movimentados somente R$ 83,7 milhões por meio dos cheques. Forma de pagamento que, aliás, tem perdido espaço por conta da burocracia, pelos altos custos operacionais e pela baixa segurança que oferece.
Números da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito (ABECS) mostram que, nos últimos três anos, mais da metade do faturamento dos estabelecimentos comerciais (54%) advém dos meios eletrônicos. O destaque são os cartões de crédito, responsáveis por 36% do faturamento, enquanto os cartões de débito têm uma participação menor, porém significativa, de 18%. Contudo, nos estabelecimentos de grande porte a participação dos meios eletrônicos no faturamento é ainda mais expressiva, atingindo até 60%, em alguns casos.
O fato é que as despesas da infraestrutura para o uso dos cartões nos pontos de vendas (tarifas bancárias e dificuldade de relacionamento com as administradoras, por exemplo), que deveria ser um custo das administradoras, foram repassadas para os varejistas que, motivados pelas exigências de consumidores, pela presença do concorrente e pela disposição de ampliar suas vendas, aderem cada vez mais aos meios eletrônicos de pagamento. Além do mais, as altas taxas de deságios para o pequeno varejista estão bem além do nível razoável e em alguns casos, inviabilizam os negócios. Ou seja, as administradoras viraram um grande sócio de qualquer empresa sem precisar investir nada no negócio, nem mesmo na infraestrutura que utilizam.