segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

SINCOMÉRCIO CONFIRMA CIRCUITO SESC DE ARTES 2012 EM VENCESLAU

 
 
Em reunião na sede do Sincomércio do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista, na tarde desta quinta-feira (23), o presidente do Sincomércio, Guido Denipotti, recebeu representantes do Sesc Thermas de Presidente Prudente e a chefe do setor de Cultura da Prefeitura de Presidente Venceslau, Beth Oberlander, para tratar da realização do Circuito Sesc de Artes em Presidente Venceslau.
O evento será realizado em Presidente Venceslau no dia 18 de abril. Segundo Denipotti, “Venceslau é uma cidade privilegiada”,pois foi escolhida entre todas do estado de São Paulo para a abertura da edição 2012 do evento.
As manifestações artísticas apresentadas no circuito oferecem grande variedade de atrações, que vão desde circo, dança e música, à literatura e teatro. O objetivo é propor uma confraternização entre as diferentes gerações das cidades por onde o projeto é realizado, agregando ao conhecimento local cultura e lazer.
A programação do Circuito Sesc de Artes ainda não foi definida e deverá ser divulgada na primeira quinzena de março.
 
O projeto
O Circuito nasceu em 1998, inspirado no “Projeto Loca na Rua”. Foi idealizado por um dramaturgo e poeta espanhol que residia no Brasil, prestador de serviço ao SESC, ao propor uma manifestação artística nas ruas e praças, com o intuito de intervir no espaço público e levar arte e cultura a todos, sem discriminação entre rico e pobre, jovens e idosos, clássicos ou populares.
As apresentações eram feitas em palcos improvisados por caçambas de caminhões, que percorriam o extenso e encantador interior paulista. A idéia influenciou o Circuito SESC de Artes no âmbito de divulgação das artes (música, dança, teatro) na cultura popular brasileira, com a pretensão de que toda a cultura nacional pudesse ser levada para outras partes do mundo.
O Circuito SESC de Artes tem como ponto de partida considerar a experiência artística e quebrar a rotina no cotidiano das cidades. Música, teatro, circo, artes visuais e outros tipos de atrações podem ser conferidas pelo público da cidade. Todas as atividades são gratuitas.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Duas notícias vão abalar a Páscoa

Duas novidades devem sacudir o mercado nesta Páscoa:


1. A indústria de chocolates prevê lançar 90 novos produtos entre ovos, colombas e caixas de bombons;


2. O brasileiro não come muito chocolate.


Na realidade, o início desse texto é irônico, e não visa gerar nenhum espanto nos leitores. Claro, na Páscoa é natural que as empresas em disputa criem vários produtos novos, ou versões renovadas de produtos antigos, mas quem ler com atenção vai perceber que, no final do dia, ainda se tratam de ovos, colombas e bombons, como era em 2011, ou em 1950. De outro lado, o consumo per capita de chocolate no Brasil é realmente baixo, quando comparado com a Europa, por exemplo: enquanto o brasileiro consome cerca de 2,2 quilos por ano, na Europa essa média atinge mais de 6 quilos. Também não é grande surpresa, dado que o europeu tem um nível de renda um pouco maior do que o brasileiro, e devemos levar em conta que o clima aqui não estimula tanto o consumo de doces e chocolates como nos Alpes Suíços.
O importante, no entanto, é entender como os comerciantes estão se preparando para a Páscoa e quais as perspectivas. Isso sim é relevante, até porque a Páscoa é a primeira data comemorativa do ano, e será um bom termômetro para antecipar o ânimo dos consumidores convertido em compras em 2012. Especialistas no setor esperam crescimento de 25% a 30% nas vendas de chocolate neste ano. Se esse número se concretizar, certamente poderemos começar a pensar em novos números para o desempenho do ano. Sendo ou não o crescimento desta magnitude, uma informação já pode ser tirada: a expectativa é positiva.


Ao longo do primeiro semestre, três datas são relevantes para o Comércio: Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Namorados. Claro, isoladamente essas datas não podem carregar a responsabilidade de imprimir o ritmo do ano a todo varejo, porém para os setores diretamente afetados (chocolates e doces na Páscoa e vestuário e eletros no Dia das Mães e Namorados) o desempenho pode ser decisivo para o resultado do semestre e, talvez, do ano. Mais ainda, bons resultados nesses setores diretamente envolvidos, provavelmente são termômetros da economia, ou seja, do emprego, da renda e da confiança. Portanto, o desempenho nas datas comemorativas tem que guardar correlação com o desempenho econômico geral. Dificilmente a economia está em recessão e ao mesmo tempo o desempenho das datas comemorativas é bom, ou vice-versa. Por isso, a primeira data, a Páscoa, é esperada com certa ansiedade pelos analistas(Fecomercio).

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Muito mais do mesmo

Agora são cinco semanas seguidas de altas no Ibovespa, que acumula no ano crescimento de quase 15% e as mesmas cinco semanas de queda no dólar. Na realidade o que ocorre no câmbio é a alta do real, pois a nossa moeda se valorizou frente a todas as outras e não somente frente ao dólar. Nossos boletins vinham alertando para esse comportamento há bastante tempo, dois meses ao menos. Vamos aos motivos:

Para o Ibovespa:
1. O País continua a receber forte fluxo positivo de investimentos estrangeiros, sejam diretos, sejam em portfólio;


2. A tendência de juros é efetivamente de baixa;
3. O risco Brasil é baixíssimo e o País encontra condições macroeconômicas melhores do que quase todos outros países do mundo;


4. Em termos de economia com mercado interno robusto, o Brasil hoje disputa apenas com a China (e vai começar a disputar um pouco mais com a Índia) a preferência dos investidores;
5. As empresas de diversos setores (energia, varejo, imobiliário, bancário e commodities) devem ter desempenho positivo nos próximos anos;


6. O ambiente externo é ruim, principalmente na Europa, mas pouco a pouco a percepção é de baixo grau de contágio no Brasil. Além disso, nossa aposta é de que a Europa perturbe o cenário de vez em quando, mas não vemos nenhuma ruptura do Bloco ou do Euro no meio do caminho.
Para o câmbio grande parte das explicações se mantém. O fluxo de recursos externos, pelo Brasil ser um país com tendência de crescimento elevado com mercado interno robusto e pela fraqueza de outras economias importantes no momento, tende a ser muito positivo, o que valoriza o Real. Exatamente por isso, em todas as intervenções que o governo fez para desvalorizar nossa moeda, nossas análises apostavam na ineficácia das mesmas. Não dá para combater a maré remando sozinho. Entendemos que para a indústria, o momento não é bom, mas adotar medidas protecionistas por um lado e de intervenção no câmbio de outro, somente vão retardar o inevitável, e ainda vão causar forte dano e atraso para o resto da economia. Os ganhos de competitividade que o País pode e deve perseguir estão na educação, na redução da carga tributária, na queda dos juros, e nunca no IOF e no Imposto de Importação ou nas normas burocráticas alteradas diariamente. Já se passa mais de um ano que esse tem sido o caminho adotado pelas autoridades, e os efeitos deveriam ter servido de alerta: não vai funcionar, apesar de criar um ambiente de incertezas indesejável.


A maré deve continuar em média positiva, mas devemos sempre ter atenção para as possíveis realizações de lucros nas bolsas e para novas medidas do governo tentando conter o câmbio. No curto prazo esses fenômenos podem afetar o desempenho dos mercados, mas no longo prazo acreditamos que o Ibovespa será positivo e o Real deve se manter valorizado