quarta-feira, 1 de março de 2017

VENDAS

Varejo na região deve perder R$ 61,5 milhões

em 2017 devido aos feriados

O comércio varejista na região deve perder R$ 61,5 milhões em 2017, por conta dos feriados nacionais e pontes, segundo estimativas do Sindicato do Comércio Varejista do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista. Esse montante é 7,6% maior do que o dado projetado em 2016, principalment, pelo fato de que este ano haverá uma ponte a mais que no ano anterior e um destes feriados cairá em dia de semana. O feriado de 1º de maio, em 2016, foi celebrado no domingo e agora será na segunda-feira.
O setor de supermercados deve perder cerca de R$ 27,5 milhões, devido aos feriados e pontes de 2017, crescimento de 6,9% em relação a 2016. Em contrapartida, o segmento de lojas de vestuário, tecidos e calçados deixará de faturar aproximadamente R$ 2,8 milhões, queda de 16,1% na comparação com o ano passado - único setor com variação negativa.
Já o segmento de outras atividades deverá perder R$ 22,6 milhões, alta de 12,5% em relação ao ano passado. Também devem registrar perdas as lojas de móveis e decoração (R$ 2,1 milhões e crescimento de 12,6% na comparação com 2016) e farmácias e perfumarias (R$ 6,5 milhões e alta de 6,2%).
Nos cálculos, o Sincomércio/Pontal/Alta Paulista desconsiderou os feriados estaduais e municipais que também prejudicam, em média, a atividade comercial. Na análise da entidade, após dois anos de forte recessão econômica - com retrações de 3,8% em 2015 e 3,5% esperada para 2016 -  o número excessivo de feriados e pontes deveria ser revisto, a fim de contribuir no aumento da produtividade da economia.
Para os estabelecimentos que desejam abrir as portas nos feriados na tentativa de suavizar essas perdas, o Sincomércio alerta para os custos adicionais (100% para trabalhos em feriados adicionados de cerca de 37% de encargos) para a empresa, o que pode inviabilizar essa opção.  Para o sindicato, em nome da modernização das relações trabalhistas, seria oportuno que essa questão fosse debatida, pois o excesso de proteção por meio dessa elevação de custos acaba prejudicando tanto as empresas, que acabam optando por não abrir no feriado como os empregados, que reduzem seus rendimentos ao deixarem de obter as comissões sobre as vendas.

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