quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Empregos formais no varejo recuam 2,2% em agosto

Em agosto, o comércio varejista na região de Presidente Venceslau criou 133 postos de trabalho, resultado de 1.180 admissões contra 1.047 desligamentos. No acumulado de 12 meses, foram eliminados 858 empregos com carteira assinada. O varejo encerrou o mês com 38.651 trabalhadores formais. Apesar do recuo de 2,2% em relação a agosto de 2015, teve o segundo melhor desempenho entre as demais regiões paulistas analisadas.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), divulgada pelo Sincomércio/Pontal (Sindicato do Comércio Varejista do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo.
Entre as nove atividades analisadas, oito apresentaram queda na ocupação formal em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os destaques negativos foram os segmentos de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-5,2%), de concessionárias de veículos (-5%) e de lojas de móveis e decoração (-4,7%). O setor de farmácias e perfumarias foi o único a registrar crescimento na mesma base comparativa, de 0,4%.
Apesar do recuo, o presidente do Sincomércio/Pontal, Guido Denippotti, considerou o resultou satisfatório, se comparado com outras regiões do estado com maior capacidade de consumo.
 Desempenho estadual
O comércio varejista do Estado de São Paulo gerou novos empregos em agosto, o que pode ser um esboço da recuperação do mercado de trabalho varejista paulista - desde outubro e novembro de 2014, que o varejo não registrava dois saldos positivos consecutivos. Em agosto, o varejo paulista criou 7.235 empregos, resultado de 71.908 admissões e 64.673 desligamentos. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores atingiu 2.071.063 no mês, redução de 3,1% na comparação com agosto de 2015.
 Segundo o Sincomércio/Pontal, a abertura de postos de trabalho pelo comércio varejista em agosto é uma tendência histórica, motivada pelo baixo número de desligamentos, já que o mês antecede a data-base da negociação coletiva do setor.
Mesmo com o saldo positivo em agosto, apenas duas das nove atividades pesquisadas apresentaram crescimento no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015: farmácias e perfumarias (1,9%) e supermercados (0,3%). Os destaques negativos foram os setores de concessionárias de veículos (-7,3%), lojas de móveis e decoração (-7,2%) e de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6,9%).
 Para o Sincomércio/Pontal, mesmo que o saldo positivo de agosto seja influenciado pela sazonalidade fixa da data-base da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e da necessidade de redução de custos por parte das empresas, o saldo de agosto é bem superior ao visualizado no mesmo período de 2015, quando se atingiu o pior patamar de criação de vagas para o mês desde 2007.

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