terça-feira, 17 de maio de 2016

MEDIDAS AGRADAM SINCOMÉRCIO

Sincomércio mantém otimismo com pronunciamento do novo ministro da Fazenda


As primeiras medidas sugeridas pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vêm de encontro às propostas do Sincomércio (Sindicato Patronal do Comércio Varejista do Pontal do Paranapanema e Alta Sorocabana), na avaliação do presidente Guido Denippotti - foto.
Guido citou que uma das prioridades de Henrique Meirelles “é equilibrar as contas públicas e controlar o crescimento das despesas e da dívida do governo”. “Para isso, o ministro propôs, ainda que de forma genérica, estabelecer um sistema de metas de despesas (para que não haja crescimento real dos gastos públicos), diminuir a indexação da economia brasileira, cortar subsídios improdutivos para grandes empresas e realizar a reforma previdenciária com idade mínima para a aposentadoria, a fim de garantir a sustentabilidade do sistema”.
Para o Sincomércio, as medidas são fundamentais para a retomada da confiança e estão em sintonia com as expectativas da entidade. 
 A modernização das leis trabalhistas, com objetivo de buscar aumento da produtividade do trabalho, foi outro aspecto positivo do pronunciamento, destacou Guido. Segundo ele, o crescimento da produtividade, determinante para a retomada dos investimentos e da geração de empregos, pode vir com a adoção de medidas que permitam ao empregador flexibilizar as relações de trabalho, com a regulamentação da terceirização e maior autonomia na negociação entre empresas e empregados.
Para o Sincomércio, o único aspecto negativo mencionado por Meirelles em seu pronunciamento é a possibilidade de haver aumento da carga tributária, “ainda que de forma transitória”. “Não há qualquer folga na capacidade contributiva das empresas e famílias brasileiras”, disse Guido, citando que o novo ministro reconhece, no entanto, que a carga tributária brasileira é elevada e que precisa ser reduzida e simplificada para que haja maior incentivo ao consumo e aos investimentos e, assim, o país possa almejar taxas de crescimento mais elevadas e sustentáveis.
Guido destacou ainda o primeiro ato do novo governo, com a instituição do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Para Guido, a medida sinaliza que o novo governo quer restabelecer a confiança e o papel fundamental do setor privado na retomada da economia. “Outra palavra de ordem foi eficiência, com redução de gastos e melhora da qualidade dos serviços públicos. Tais ações, mesmo que ainda seja cedo - uma vez que é preciso avaliar as propostas e seu trâmite no Congresso -, denotam sinalizações positivas na visão do Sincomercio/Pontal, sempre na defesa dos princípios do livre mercado, em oposição ao excesso de intervenção do Estado na economia, que tende a gerar ineficiência e privilégios a grupos específicos”, avaliou Guido.
 Diante da gravidade da crise e os desafios a serem enfrentados, o Sincomércio/Pontal vê com otimismo as primeiras manifestações do novo governo. “A mudança na visão do papel do Estado (que deve diminuir de tamanho e reduzir sua intervenção na economia) também é um aspecto bastante positivo”, disse Guido.
Segundo ele, já é notável uma reversão de expectativas, para melhor, entre os empresários diante da estabilidade política e da aparente retomada da governabilidade. “Na medida em que propostas que viabilizem uma melhora da trajetória da dívida e o aumento da produtividade sejam anunciadas, assim como medidas para incentivar concessões e investimentos em infraestrutura, a confiança deve crescer, o consumo será estimulado e será aberto mais espaço para a retomada do crescimento das vendas do comércio e da economia brasileira”, afirmou.
O Sindicato Patronal do Comercio Varejista do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista é a principal entidade sindical do Pontal do Paranapanema e Alta paulista do setor do comércio. Sua representação atinge cerca de 4 mil  empresas do comercio varejista.

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