sexta-feira, 29 de abril de 2016

ESTIMATIVA PARA O DIA DAS MÃES

Vendas do varejo devem cair 6% no mês das mães, aponta Sincomercio

Presidente do Sincomércio, Guido Denippotti

De acordo com o Sincomércio (Sindicato Patronal do Comercio Varejista do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista), o faturamento do varejo paulista em maio, mês do Dia das Mães, deve apresentar queda de 6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Para a assessoria técnica da entidade, a queda no faturamento deve ser causada pelo cenário desfavorável ao consumo, resultado de taxas de juros elevadas, desemprego, queda da renda, pouca disposição para endividamento e aumento de restrições na oferta de crédito por parte dos bancos e financeiras.
Os presentes de valor mais elevado, como, por exemplo, eletrodomésticos e eletrônicos, devem perder espaço na lista dos mais vendidos neste Dia das Mães, dando lugar a itens mais baratos, que comprometam menos o orçamento e não exijam financiamento.
As vendas do segmento de lojas de vestuário e calçados costumam ser, entre os principais setores do varejo, as mais alavancadas pelo Dia das Mães.  Para se ter uma ideia, o mês de maio normalmente responde por 10% das receitas do setor no ano, ficando atrás apenas de dezembro. Entretanto, o Sincomércio  aponta que o faturamento dessas lojas deve recuar cerca de 17% este ano em comparação com o mesmo período de 2015.
Presentes estão mais caros
Apesar do movimento fraco do comércio e das seguidas quedas nas vendas, muitos itens comuns nas listas de presentes para as mães apresentam elevação de preços superior à inflação média acumulada em 12 meses até março último.
As maiores altas nos preços ficam por conta das joias (23,8%), computadores (16,2%), televisores (16,1%), bicicletas (14,6%), blusas (13,5%) e lingeries (11,7%).
Alternativas mais em conta
Alguns artigos que sempre marcam presença na lista de pais e filhos nesta data festiva, por outro lado, apresentaram altas de preço inferiores à inflação média. Com isso, aparecem como opções interessantes as sandálias (1,1%), os sapatos femininos (2,1%), as bolsas (6,6%), os perfumes (9%) e os artigos de maquiagem (9,5%). 
As bijuterias registraram queda de preços no mesmo período (-3,2%) e podem ser uma boa alternativa de compra para o consumidor, seguidas pelas flores naturais, que registraram aumento médio de preço de apenas 0,8%. 
Para o presidente do Sincomércio, Guido Denippotti, os números são preocupantes não apenas para o mês de maio. “Devemos atravessar um segundo semestre com mais problemas de caixa para a maioria das empresas, por conta das quedas nas vendas e juros elevados aliados com a alta carga tributaria. Como consequência, a tendência é haver demissão e aumento ainda maior do desemprego no setor”, previu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário