terça-feira, 21 de março de 2017

VAREJO

Índice de Estoques do varejo sobe em março, mas excesso de mercadorias 
nas lojas ainda preocupa

Após um alento no Natal, com ligeira queda dos estoques, o primeiro trimestre de 2017 não foi um bom momento para fazer ajuste dos produtos em excesso nas prateleiras. Em março, o Índice de Estoques (IE) atingiu 98,9 pontos, altas de 1,4% na comparação com fevereiro e 4,5% em relação ao mesmo mês de 2016. O crescimento do indicador no mês foi motivado pela queda de 0,7 ponto porcentual (p.p.) na parcela de empresários que afirmaram estar com estoques abaixo do ideal que passou de 14,4% em fevereiro para 13,7% em março.
Já a proporção de empresários que afirmaram estar com estoques acima do adequado registrou leve alta de 0,2 p.p. ao passar de 36,5% em fevereiro para 36,7% em março. Adicionalmente, 49,3% dos varejistas declararam ter o nível adequado de estoques, alta de 0,7 p.p. em relação ao mês anterior, mas muito abaixo do registrado em 2015, quando essa parcela rondava os 60%.
Os dados , divulgados pelo Sindicato do Comércio Varejista do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista, capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
Os diferenciais entre estoques acima e abaixo voltaram a subir um pouco pelo segundo mês consecutivo e a proporção de empresários com excesso de produtos nas prateleiras tem se mantido acima do esperado, após um curto período de uma trajetória de queda muito gradual destes números. Esperava-se que os dados posteriores ao Natal fossem apenas um retrato do mau momento, mas que com as promoções de vendas no primeiro trimestre e com a provável retomada gradativa da atividade, o excesso de estocagem fosse se ajustando. Porém, isso ainda não está ocorrendo, e a expectativa é de que os empresários esperem um pouco antes de aderirem ao momento de maior otimismo no quesito encomendas, até resolverem seus problemas de giro de mercadorias. Para aqueles que estão em ramos sazonais (moda e vestuário, por exemplo), a recomendação é fazer novas encomendas aos poucos, e ao mesmo tempo acelerar as promoções agora, próximo do final da estação de calor e férias. No restante, é necessário acompanhar o desempenho de perto, sabendo que há um clima mais positivo para a economia, mas sem exagero no entusiasmo ainda.

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