terça-feira, 14 de março de 2017

PESQUISA

Índice de Confiança do Empresário do 
Comércio cai 1% em fevereiro


Pelo segundo mês consecutivo, o empresário se mostra menos confiante. Em fevereiro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) registrou queda de 1% ao passar de 93,7 pontos em janeiro para 92,7 pontos no mês. Porém, na comparação com fevereiro do ano passado, o índice apresentou crescimento de 23,7%, quando o ICEC registrou 74,9 pontos.
Apurado mensalmente pelo Sincomércio do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista, o ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).
De acordo com a pesquisa, as grandes empresas, com mais de 50 funcionários, apontaram maior queda (3,1%) na confiança em fevereiro, passando de 116,7 pontos em janeiro para 113,1 pontos no mês. Já nas companhias com menos de 50 empregados, o ICEC caiu 1%, quando passou de 93,1 pontos para 92,1 pontos em fevereiro. Na comparação anual, porém, tanto grandes como pequenas empresas registraram crescimento na confiança em fevereiro, 36,9% e 23,3%, respectivamente.
Para Sincomércio, as grandes empresas se mantém mais confiantes do que as pequenas, com diferencial positivo de confiança mais perto do daquele percebido em tempos de crescimento econômico, como era observado ao longo da série histórica, caminhando para a normalidade, como ocorre em outros indicadores econômicos.
Indicadores
A baixa intenção para realizar novos investimentos no comércio foi o quesito que mais influenciou no resultado negativo do ICEC entre janeiro e fevereiro. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) registrou queda de 5,8% ao passar de 83 em janeiro para 78,2 pontos em fevereiro, e alta de 8,9% na comparação interanual.
Já o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) apresentou retração de 0,9%, ao passar de 141,4 em janeiro para 140,1 pontos em fevereiro, e alta de 23,5% em relação a fevereiro de 2016. Por outro lado, o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foi o único que apresentou crescimento no mês e avançou 5,6%, ao passar de 56,6 em janeiro para 59,7 pontos em fevereiro e, no comparativo anual, o índice registrou alta de 51,1%.

Desde abril e maio do ano passado observa-se uma mudança positiva no humor do empresário, que foi parcialmente interrompida em janeiro e fevereiro na margem, mas que continua acima da verificada no início de 2016. Após o Natal, época mais importante para o varejo, era esperada essa reação, como efeito mais sazonal do que técnico. Esse pequeno intervalo da recuperação, que na avaliação da Federação, pode prevalecer até março por motivos estruturais do País, não é efetivamente um atestado de fim do processo de recuperação da confiança e, mais adiante, da economia em si. A entidade espera que seja retomado o processo de otimismo e que isso se espalhe pelo setor e depois por toda economia ao longo de 2017 e 2018.

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