Índice de Confiança do Empresário do
Comércio cai 1% em fevereiro
Pelo segundo mês consecutivo, o empresário se mostra menos
confiante. Em fevereiro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC)
registrou queda de 1% ao passar de 93,7 pontos em janeiro para 92,7 pontos no
mês. Porém, na comparação com fevereiro do ano passado, o índice apresentou
crescimento de 23,7%, quando o ICEC registrou 74,9 pontos.
Apurado mensalmente pelo Sincomércio do Pontal do
Paranapanema e Alta Paulista, o ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200
pontos (otimismo total).
De acordo com a pesquisa, as grandes empresas, com mais de 50
funcionários, apontaram maior queda (3,1%) na confiança em fevereiro, passando
de 116,7 pontos em janeiro para 113,1 pontos no mês. Já nas companhias com
menos de 50 empregados, o ICEC caiu 1%, quando passou de 93,1 pontos para 92,1
pontos em fevereiro. Na comparação anual, porém, tanto grandes como pequenas
empresas registraram crescimento na confiança em fevereiro, 36,9% e 23,3%,
respectivamente.
Para Sincomércio, as grandes empresas se mantém mais
confiantes do que as pequenas, com diferencial positivo de confiança mais perto
do daquele percebido em tempos de crescimento econômico, como era observado ao
longo da série histórica, caminhando para a normalidade, como ocorre em outros
indicadores econômicos.
Indicadores
A baixa intenção para realizar novos investimentos no
comércio foi o quesito que mais influenciou no resultado negativo do ICEC entre
janeiro e fevereiro. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC)
registrou queda de 5,8% ao passar de 83 em janeiro para 78,2 pontos em
fevereiro, e alta de 8,9% na comparação interanual.
Já o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC)
apresentou retração de 0,9%, ao passar de 141,4 em janeiro para 140,1 pontos em
fevereiro, e alta de 23,5% em relação a fevereiro de 2016. Por outro lado, o
Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foi o único que
apresentou crescimento no mês e avançou 5,6%, ao passar de 56,6 em janeiro para
59,7 pontos em fevereiro e, no comparativo anual, o índice registrou alta de
51,1%.
Desde abril e maio do ano passado observa-se uma mudança
positiva no humor do empresário, que foi parcialmente interrompida em janeiro e
fevereiro na margem, mas que continua acima da verificada no início de 2016.
Após o Natal, época mais importante para o varejo, era esperada essa reação,
como efeito mais sazonal do que técnico. Esse pequeno intervalo da recuperação,
que na avaliação da Federação, pode prevalecer até março por motivos
estruturais do País, não é efetivamente um atestado de fim do processo de
recuperação da confiança e, mais adiante, da economia em si. A entidade espera
que seja retomado o processo de otimismo e que isso se espalhe pelo setor e
depois por toda economia ao longo de 2017 e 2018.
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