Empresas
devem avaliar adquirir ou não
máquina própria de cartão de crédito
O cartão de crédito tem sido o
principal meio de pagamento no varejo. Segundo a Pesquisa de Endividamento e
Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pelo Sincomércio/Pontal
(Sindicato do Comércio Varejista do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista),
cerca de 70% do endividamento é efetivado via cartão de crédito, cuja
utilização se apresenta principalmente na modalidade parcelada.
Esse comportamento modelou um
novo perfil de endividamento e de consumo, pois o cartão facilita a vida dos
consumidores e lojistas, estimulando as operações no comércio. Além disso, para
as classes de menor renda, o cartão se apresenta como um importante facilitador
de inclusão social.
Vantagens para o lojista:
1. Risco de inadimplência se
reduz a zero;
2. Dispensa consulta ao cadastro
de inadimplentes (SCPC);
3. Dispensa necessidade de equipe
de crédito e cobrança;
4. Alavanca as vendas, pois
incentiva o pagamento parcelado;
5. Aumenta as vendas no ato, pois
permite compra com pagamento futuro;
6. Menor risco no manuseio de
numerários.
Vantagens para o consumidor:
1. Isenção da anuidade para
utilizá-lo, em alguns casos;
2. Evita a utilização de dinheiro
em espécie, o que garante mais segurança;
3. Compra parcelada, muitas vezes
sem juros, viabilizando principalmente compras de maior valor;
4. Programas de fidelidade e
prêmios;
5. Dispensa consulta ao cadastro
de inadimplentes (SCPC);
6. Representa financiamento
pré-aprovado e aumenta seu poder de compra.
Desse modo, para atender com
eficiência as operações com cartão de crédito ou débito, o varejo precisa
encontrar a melhor forma de manter no estabelecimento uma boa estrutura para a
sua utilização.
Nesse sentido, destaca-se a
importância da escolha mais adequada da máquina de cartão. No mercado, novas
oportunidades surgem para efetivação dos pagamentos. Contudo, focando na
questão da máquina de cartão, podemos comparar duas alternativas – a máquina
pós-paga e a máquina própria - e avaliar o efetivo retorno de cada uma delas.
Na máquina pós-paga, a negociação
deve ser muito bem realizada, mas o poder de barganha junto às administradoras
de cartões é maior para as empresas de maior porte. Sendo assim, empresas
grandes conseguem obter melhores condições do que as menores, tais como isenção
de custo mensal, menor taxa de crédito e redução do prazo de recebimento. Esses
itens, quando bem negociados, favorecem a margem de ganho das empresas, que
obtêm benefícios por conta do alto giro de capital registrado em suas negociações.
Já as pequenas empresas não
conseguem negociações tão vantajosas utilizando a máquina pós-paga, por terem
menor circulação de capital em suas operações. Nesse caso, o uso da máquina
pós-paga pode se tornar inviável, em função do custo mais elevado, e a opção da
máquina própria pode ser uma boa escolha, tendo em vista o custo parcelado e
reduzido, as tarifas menores e o prazo reduzido de recebimento.
Também para as médias empresas a
máquina própria poderá ser uma boa escolha, caso não consiga negociar com as
administradoras condições mais vantajosas na máquina pós-paga.
Em linhas gerais, para decidir a
escolha da máquina de cartões será necessário analisar as condições da empresa,
o giro de capital e as possibilidades de barganha junto às administradoras.
Para as grandes empresas, se a negociação for boa, valerá à pena continuar
utilizando a máquina pós-paga. Já para as empresas menores, que apresentam
maior dificuldade nessas negociações, é provável que o uso da máquina própria
ainda seja a melhor escolha.
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