O que fazer diante das altas taxas de juros
Com
a crise econômica atual, fechar as contas sem ficar no “vermelho” é uma tarefa
difícil para os empreendedores. A alta das taxas de juros e da inflação tem
reduzido o consumo dos brasileiros, prejudicando o desempenho das vendas no
comércio.
Sem
dinheiro em caixa, muitos empreendedores optam por empréstimos para honrar seus
compromissos, como os pagamentos de funcionários e impostos. Porém, é
necessário avaliar os prós e contras de contrair uma nova dívida.
Segundo
a assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
Estado de São Paulo (FecomercioSP), antes de solicitar uma linha de crédito em
uma instituição bancária, o empreendedor deve pesquisar as opções disponíveis
no mercado.
Geralmente,
a empresa encontra melhores condições de crédito no banco com o qual já tem
algum tipo de relacionamento (conta corrente, por exemplo). Solicitar um
empréstimo para pagar outro, em muitos casos, é um grande erro do empresário.
Tal
atitude pode comprometer as finanças da empresa, já que a dívida nem sempre é
quitada em um prazo curto, implicando possíveis atrasos e cobrança de juros
elevados. Caso a companhia se encontre nessa situação, a dica é procurar a
agência bancária e tentar um acordo.
Uma
alternativa é a negociação de prazos e condições com os fornecedores, medida
que alivia o fluxo de caixa do negócio.
Cenário
econômico
Com
a inadimplência em alta, os bancos estão restringindo a oferta de empréstimo.
Enquanto o estoque de crédito para a pessoa física cresceu 1,4% de janeiro a
julho no comparativo com o mesmo período do ano passado, as linhas direcionadas
às pessoas jurídicas cresceram 0,9%, de acordo com os dados do Banco Central.
A
inadimplência atingiu 6,3% em julho no crédito para capital de giro. No mesmo
mês do ano passado, tal porcentual era em 2,4%. Nesse ambiente, os bancos estão
preferindo atuar com opções que apresentem menor risco na operação, ou seja,
crédito consignado e imobiliário e para grandes corporações.
O
cenário é preocupante para as pequenas empresas brasileiras. Muitas vezes, os
recursos pleiteados podem ser interessantes no primeiro momento, mas tendem a
prejudicar a saúde financeira a médio e longo prazos.
As
expectativas para a economia brasileira não são positivas para este ano e, para
o próximo, são também de pessimismo. Contudo, realizar um planejamento
financeiro e identificar uma oportunidade de negócio pode ser a saída tanto
para as micro quanto para as pequenas empresas. (fonte Fecomercio)
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