Varejo na região deve perder cerca de
R$ 73,1 milhões
Conforme estimativas feitas pelo Sincomércio Pontal/Alta
Paulista, via FecomércioSP, o comércio varejista na região de Presidente
Prudente deve perder cerca de R$ 73,1 milhões em 2018 por conta dos feriados
nacionais e pontes.
O montante é aproximadamente 16% superior ao dado projetado
em 2017. Salienta-se que o número de feriados e pontes em 2018 será o mesmo de
2017, totalizando 15. Portanto, esse aumento é motivado exclusivamente pela
melhora da estimativa de crescimento nas vendas do comércio para este ano.
O segmento de “supermercados” deve ser o que mais deixará de
faturar, em torno de R$ 32 milhões, prejuízo 13% maior em relação a 2017,
correspondendo a 44% das perdas totais da região.
No entanto, o segmento de “farmácias e perfumarias” terá a
maior variação do prejuízo, aproximadamente 29% acima do estimado para 2017, e
perda de R$ 9,5 milhões nas vendas.
Para as demais atividades, as projeções também são de
prejuízo: lojas de móveis e decoração (de R$ 2,3 milhões, crescimento de 18% na
comparação com 2017); lojas de vestuário, tecidos e calçados (de R$ 4,9
milhões, montante 22% superior ao ano anterior); e outras atividades (de R$
24,5 milhões,16% maior que em 2017).
Nos cálculos, as duas entidades se limitaram aos feriados
nacionais e setores passíveis de sofrerem uma redução no ritmo de vendas, em
que a compra por impulso é relevante, uma vez que os produtos, em grande parte,
têm um valor unitário mais baixo, como o setor de roupas e calçados,
perfumarias e cosméticos etc. Além disso, está sendo considerado que apenas uma
parcela pequena das vendas nos feriados e pontes sejam afetadas, e não o
faturamento do dia todo. Cada feriado é ponderado de acordo com o tamanho do
comércio daquele mês de referência.
Destaca-se também que a Copa do Mundo será realizada entre os
meses de junho e julho, e o Brasil jogará em dias de semana, como quarta e
sexta-feira. Porém, o estudo não considera esses dias por haver diferenças de
políticas entre as empresas, podendo ou não liberar os funcionários por tempo
parcial ou total.
Até novembro último, as pequenas e médias empresas (cerca de
80% do total) apresentavam grande dificuldade para abrir nos feriados. Muitas
delas optavam por não abrir devido aos custos trabalhistas e de funcionamento
não cobrirem o faturamento daquele dia. Para o Sincomércio e FecomercioSP, a
nova legislação facilitará essa decisão, ou seja, haverá a negociação entre
empregado e empregador sobre a possível abertura. Além disso, caso seja um
feriado importante para uma determinada atividade, pode-se utilizar do novo
modelo de contrato intermitente.
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