Mudanças no cenário político trarão
alento
na economia, diz presidente do
Sincomércio
O presidente do Sincomércio do
Pontal do Paranapanema e Alta Paulista, Guido Denippotti, acredita que a
mudança no cenário político vai trazer um novo alento na economia, no entanto
ele espera que as medidas tenham efeito prático para a retomada do crescimento.
Além da queda de juro e redução de impostos, a modernização na relação
capital-trabalho é fundamental para mover o setor, afirma ele.
Guido cita, por exemplo, a MP
680, relativa ao Programa de Proteção ao Emprego, que teve emenda aprovada ao
texto prevendo a prevalência do negociado sobre o legislado, nos acordos de
convenção coletiva de trabalho.
O presidente do Sincomércio
destaca ainda a necessidade de se promover um ajuste nas contas do governo. “O
setor produtivo não pode continuar pagando a conta para suprir o déficit fiscal
do governo”, disse ele.
Encontro
No último dia 02, executivos de
empresas e entidades dos principais setores da economia estiveram reunidos na
sede da Federação do Comércio de Bens, Turismo e Serviços do Estado de São
Paulo (FecomercioSP), para uma reunião do Conselho Superior de Economia. Na
ocasião foram discutidos desdobramentos econômicos da possível mudança no
cenário político.
Pela primeira vez em dois anos há
sinais de otimismo entre os conselheiros, o que indica que o novo ambiente
político está sendo encarado como um ponto de inflexão e uma oportunidade para
o Brasil voltar a crescer, avançar em reformas modernizantes e estabelecer definitivamente
uma política fiscal responsável.
Os especialistas foram quase
unânimes a respeito da necessidade de adoção de medidas rápidas e efetivas na
direção de ajuste fiscal, estabilidade monetária, corte de gastos e incentivo
ao investimento privado.
Entre os pontos positivos
levantados pelos conselheiros estão a possibilidade de anúncio de medidas
fiscais, principalmente ligadas à previdência e desvinculação orçamentária, que
teriam um efeito positivo na confiança dos agentes e viabilizariam a retomada
do crescimento já em 2017.
Além disso, uma possível
valorização do real abriria espaço para a queda dos juros, o que, juntamente
com a retomada do crescimento, ajudaria a mudar a dinâmica da dívida pública.
Alguns conselheiros inclusive já trabalham com uma taxa de juros de um dígito
no ano que vem, visto que a inflação de serviços dá sinais de desaceleração e o
desemprego elevado está segurando as pressões salariais.
Por outro lado, entre os pontos
de atenção destacados pelos economistas, estão a preocupação com apreciação
exagerada do real, que poderia frear a recuperação ainda incipiente das
exportações, e os desafios para retomar investimentos em infraestrutura
decorrentes da Lava Jato.
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