Sincomércio mantém otimismo com pronunciamento do novo ministro da Fazenda
As primeiras medidas sugeridas
pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vêm de encontro às propostas
do Sincomércio (Sindicato Patronal do Comércio Varejista do Pontal do
Paranapanema e Alta Sorocabana), na avaliação do presidente Guido Denippotti - foto.
Guido citou que uma das
prioridades de Henrique Meirelles “é equilibrar as contas públicas e controlar
o crescimento das despesas e da dívida do governo”. “Para isso, o ministro
propôs, ainda que de forma genérica, estabelecer um sistema de metas de
despesas (para que não haja crescimento real dos gastos públicos), diminuir a
indexação da economia brasileira, cortar subsídios improdutivos para grandes
empresas e realizar a reforma previdenciária com idade mínima para a
aposentadoria, a fim de garantir a sustentabilidade do sistema”.
Para o Sincomércio, as medidas
são fundamentais para a retomada da confiança e estão em sintonia com as
expectativas da entidade.
A modernização das leis trabalhistas, com
objetivo de buscar aumento da produtividade do trabalho, foi outro aspecto
positivo do pronunciamento, destacou Guido. Segundo ele, o crescimento da
produtividade, determinante para a retomada dos investimentos e da geração de empregos,
pode vir com a adoção de medidas que permitam ao empregador flexibilizar as
relações de trabalho, com a regulamentação da terceirização e maior autonomia
na negociação entre empresas e empregados.
Para o Sincomércio, o único
aspecto negativo mencionado por Meirelles em seu pronunciamento é a
possibilidade de haver aumento da carga tributária, “ainda que de forma
transitória”. “Não há qualquer folga na capacidade contributiva das empresas e
famílias brasileiras”, disse Guido, citando que o novo ministro reconhece, no
entanto, que a carga tributária brasileira é elevada e que precisa ser reduzida
e simplificada para que haja maior incentivo ao consumo e aos investimentos e,
assim, o país possa almejar taxas de crescimento mais elevadas e sustentáveis.
Guido destacou ainda o primeiro
ato do novo governo, com a instituição do PPI (Programa de Parcerias de
Investimentos). Para Guido, a medida sinaliza que o novo governo quer
restabelecer a confiança e o papel fundamental do setor privado na retomada da
economia. “Outra palavra de ordem foi eficiência, com redução de gastos e
melhora da qualidade dos serviços públicos. Tais ações, mesmo que ainda seja
cedo - uma vez que é preciso avaliar as propostas e seu trâmite no Congresso -,
denotam sinalizações positivas na visão do Sincomercio/Pontal, sempre na defesa
dos princípios do livre mercado, em oposição ao excesso de intervenção do
Estado na economia, que tende a gerar ineficiência e privilégios a grupos
específicos”, avaliou Guido.
Diante da gravidade da crise e os desafios a
serem enfrentados, o Sincomércio/Pontal vê com otimismo as primeiras
manifestações do novo governo. “A mudança na visão do papel do Estado (que deve
diminuir de tamanho e reduzir sua intervenção na economia) também é um aspecto
bastante positivo”, disse Guido.
Segundo ele, já é notável uma
reversão de expectativas, para melhor, entre os empresários diante da
estabilidade política e da aparente retomada da governabilidade. “Na medida em
que propostas que viabilizem uma melhora da trajetória da dívida e o aumento da
produtividade sejam anunciadas, assim como medidas para incentivar concessões e
investimentos em infraestrutura, a confiança deve crescer, o consumo será
estimulado e será aberto mais espaço para a retomada do crescimento das vendas
do comércio e da economia brasileira”, afirmou.
O Sindicato Patronal do Comercio
Varejista do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista é a principal entidade
sindical do Pontal do Paranapanema e Alta paulista do setor do comércio. Sua
representação atinge cerca de 4 mil
empresas do comercio varejista.
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