Para
o Ibovespa:
1. O País continua a receber forte fluxo
positivo de investimentos estrangeiros, sejam diretos, sejam em
portfólio;
2. A tendência de juros é efetivamente de
baixa;
3. O risco Brasil é baixíssimo e o País
encontra condições macroeconômicas melhores do que quase todos outros países do
mundo;
4. Em termos de economia com mercado
interno robusto, o Brasil hoje disputa apenas com a China (e vai começar a
disputar um pouco mais com a Índia) a preferência dos
investidores;
5. As empresas de diversos setores
(energia, varejo, imobiliário, bancário e commodities) devem ter desempenho
positivo nos próximos anos;
6. O ambiente externo é ruim,
principalmente na Europa, mas pouco a pouco a percepção é de baixo grau de
contágio no Brasil. Além disso, nossa aposta é de que a Europa perturbe o
cenário de vez em quando, mas não vemos nenhuma ruptura do Bloco ou do Euro no
meio do caminho.
Para
o câmbio grande parte das explicações se mantém. O fluxo de recursos externos,
pelo Brasil ser um país com tendência de crescimento elevado com mercado interno
robusto e pela fraqueza de outras economias importantes no momento, tende a ser
muito positivo, o que valoriza o Real. Exatamente por isso, em todas as
intervenções que o governo fez para desvalorizar nossa moeda, nossas análises
apostavam na ineficácia das mesmas. Não dá para combater a maré remando sozinho.
Entendemos que para a indústria, o momento não é bom, mas adotar medidas
protecionistas por um lado e de intervenção no câmbio de outro, somente vão
retardar o inevitável, e ainda vão causar forte dano e atraso para o resto da
economia. Os ganhos de competitividade que o País pode e deve perseguir estão na
educação, na redução da carga tributária, na queda dos juros, e nunca no IOF e
no Imposto de Importação ou nas normas burocráticas alteradas diariamente. Já se
passa mais de um ano que esse tem sido o caminho adotado pelas autoridades, e os
efeitos deveriam ter servido de alerta: não vai funcionar, apesar de criar um
ambiente de incertezas indesejável.
A
maré deve continuar em média positiva, mas devemos sempre ter atenção para as
possíveis realizações de lucros nas bolsas e para novas medidas do governo
tentando conter o câmbio. No curto prazo esses fenômenos podem afetar o
desempenho dos mercados, mas no longo prazo acreditamos que o Ibovespa será
positivo e o Real deve se manter valorizado
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