1. A indústria de chocolates prevê lançar
90 novos produtos entre ovos, colombas e caixas de
bombons;
2. O brasileiro não come muito
chocolate.
Na
realidade, o início desse texto é irônico, e não visa gerar nenhum espanto nos
leitores. Claro, na Páscoa é natural que as empresas em disputa criem vários
produtos novos, ou versões renovadas de produtos antigos, mas quem ler com
atenção vai perceber que, no final do dia, ainda se tratam de ovos, colombas e
bombons, como era em 2011, ou em 1950. De outro lado, o consumo per capita de
chocolate no Brasil é realmente baixo, quando comparado com a Europa, por
exemplo: enquanto o brasileiro consome cerca de 2,2 quilos por ano, na Europa
essa média atinge mais de 6 quilos. Também não é grande surpresa, dado que o
europeu tem um nível de renda um pouco maior do que o brasileiro, e devemos
levar em conta que o clima aqui não estimula tanto o consumo de doces e
chocolates como nos Alpes Suíços.
O
importante, no entanto, é entender como os comerciantes estão se preparando para
a Páscoa e quais as perspectivas. Isso sim é relevante, até porque a Páscoa é a
primeira data comemorativa do ano, e será um bom termômetro para antecipar o
ânimo dos consumidores convertido em compras em 2012. Especialistas no setor
esperam crescimento de 25% a 30% nas vendas de chocolate neste ano. Se esse
número se concretizar, certamente poderemos começar a pensar em novos números
para o desempenho do ano. Sendo ou não o crescimento desta magnitude, uma
informação já pode ser tirada: a expectativa é
positiva.
Ao
longo do primeiro semestre, três datas são relevantes para o Comércio: Páscoa,
Dia das Mães e Dia dos Namorados. Claro, isoladamente essas datas não podem
carregar a responsabilidade de imprimir o ritmo do ano a todo varejo, porém para
os setores diretamente afetados (chocolates e doces na Páscoa e vestuário e
eletros no Dia das Mães e Namorados) o desempenho pode ser decisivo para o
resultado do semestre e, talvez, do ano. Mais ainda, bons resultados nesses setores diretamente envolvidos,
provavelmente são termômetros da economia, ou seja, do emprego, da renda e da
confiança. Portanto, o desempenho nas datas comemorativas tem que guardar
correlação com o desempenho econômico geral. Dificilmente a economia está em
recessão e ao mesmo tempo o desempenho das datas comemorativas é bom, ou
vice-versa. Por isso, a primeira data, a Páscoa, é esperada com certa ansiedade
pelos analistas(Fecomercio).
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