DIA DO COMERCIANTE -
16 DE JULHO
(*)
Guido Denippotti
Criado
pela Lei nº 2048, de 26 de outubro de 1953, o Dia do Empresário do Comércio (Dia do Comerciante) teve como base a
data de nascimento do economista e político José Maria da Silva Lisboa, o Visconde
de Cairu, Patrono do Comércio Brasileiro.
Cairu, baiano, de Salvador,
foi deputado, senador e secretário da Fazenda Real. Economista por formação
acadêmica possuía também vasto conhecimento em outras áreas do saber. Recebeu o
título de Patrono do Comércio do Brasil por suas iniciativas em prol do
desenvolvimento das relações comerciais do país com outras nações.
Ele foi o responsável pela
obtenção de leis que beneficiaram o início do comércio brasileiro, na época
totalmente dependente de Portugal. Sua ação ficou reconhecida com a assinatura
da histórica Carta Régia, de 28 de janeiro de 1808. Por ela, D. João VI,
aconselhado pelo Visconde, abriu os portos brasileiros ao comércio exterior.
Com o livre comércio, a
estrutura colonial se rompeu, e a partir daí o comércio brasileiro começou a se
desenvolver. Bons negócios passaram a ser feitos com outros países, gerando
lucros para a nova Nação.
Ao longo de sua história, o
comércio no Brasil suplantou muitos percalços e planos econômicos, tendo que
conviver com inflação galopante e mirabolantes medidas para controle fiscal dos
governos.
Nos dias atuais, apesar de
todas as dificuldades, o empresário brasileiro pode se considerar um vitorioso.
Tem a fibra de todos os cidadãos do país. Luta em condições adversas. Tenta
crescer em meio ao “desequilíbrio social", e contribui enormemente para a
economia do Brasil.
Não é fácil ser empresário
no país, pagar as contas, obter algum lucro e permitir um salário digno ao
trabalhador. Temos um país em que a carga tributária é assustadora. Muitos,
infelizmente, estão deixando suas atividades em razão da falta de visão de
nossos governantes e de incentivos para o setor.
Na nossa região, a situação
se complica ainda mais. Sofremos com a guerra fiscal praticada por estados
vizinhos, como Paraná e Mato Grosso do Sul, prática esta que coloca nossas
empresas em condições adversas de concorrência.
Além da guerra fiscal,
estamos numa região de pouca densidade demográfica, mesmo tendo um comércio
moderno e atraente. Faltam políticas de desenvolvimento regional para atrair
indústrias e, consequentemente, aumentar o público consumidor.
Diante de todas as
dificuldades, os empresários da região podem se considerar abnegados e heróis,
mantendo-se em atividade e antenados com os novos nichos de mercados.
Neste 16 de julho, data em
que se comemorar o Dia do Comerciante,
quero cumprimentar a todos os empresários atendidos pelo nosso sindicato.
Rogamos a Deus proteção e bênção a todos e nossa estima de muita consideração e
apreço. Conte com a gente.
(*) Guido Denippotti é
presidente do Sindicato do Comércio do Pontal do Paranapanema e Alta Paulista