sexta-feira, 20 de setembro de 2013

SINCOMÉRCIO LAMENTA ATUAÇÃO DE PARLAMENTARES NA VOTAÇÃO DOS 10%



O Presidente do Sincomércio, Guido Denippotti, considera lamentável a atuação dos parlamentares brasileiros que, em votação secreta, manteve o veto da presidente Dilma, que assegura a manutenção da cobrança de 10% sobre o saldo do FGTS, ao empresariado, em demissões sem justa causa. Guido alerta que “mais uma vez o Brasil penalizou seu setor produtivo. Este veto só não foi derrubado porque foi utilizado o desonesto artifício dos votos secretos. É importante que a população compreenda que esta multa não vai para o trabalhador. Esta multa vai para o caixa do governo para que faça o que bem entender. Este dinheiro pode, inclusive, servir para mudar o posicionamento dos  parlamentares, como na votação em questão. Como se faz isso? É simples. O executivo promete liberação de emendas aos parlamentares e estes, com pensamento voltado para seus próprios interesses e a proteção do voto secreto, submetem  seus posicionamentos as ordens do governos”.

Sindicato em Brasília
Guido Denippotti e representantes de sindicatos patronais de várias regiões do país, estiveram em Brasília nesta terça-feira (17) manifestando aos parlamentares posicionamento favorável a derrubada do veto presidencial sobre a multa extra de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) do trabalhador demitido sem justa causa. A Lei Complementar que extingue o excedente da multa foi aprovada por grande parte do Congresso Nacional, porém vetada pela Presidente Dilma.
A sessão do Congresso foi conjunta entre a Câmara dos Deputados e o Senado. Para derrubar o veto, seriam necessários 257 votos de deputados e 41 de senadores. Foi divulgado que 40 senadores votaram a favor da derrubada do veto presidencial, um voto aquém do necessário.

Multa de 10% sobre FGTS
Essa contribuição nasceu em 2001 para cobrir rombo bilionário nas contas do FGTS em decorrência das perdas que os trabalhadores tiveram com os Planos Verão e Collor 1, em 1989 e 1990. Após dez anos, as dívidas foram sanadas mas o governo continuou a receber o dinheiro.
Desde março de 2012 a multa extra não é depositada no FGTS e permanece na Conta Única do Tesouro, segundo documento da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Orçamento. 


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